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11 de julho de 2011

Minha primeira vez...



Oi, galera! Ando um pouco sumida, é verdade, mas aqui estou para contar mais uma experiência da maternidade.
Dia 19 de junho, pela primeira vez, viajei sozinha e deixei meu bebê. Era uma viagem a trabalho, programada desde que voltei de licença, mas como uma boa primeira vez, era uma ideia que estava mexendo demais comigo.
Minha atitude número 1, assim que soube da data, foi recrutar minha mãe e minha sogra para ficarem aqui com o Bê, o que me deixaria mais tranquila. Como elas moram em outro estado, fiz toda a programação de horários e passagens para que elas chegassem 1 dia antes da minha partida e recebessem todas as instruções. E assim chegaram elas, super empolgadas pela ideia de ficarem 1 semana com o neto, mas um pouco aflitas pelo inusitado cenário ali apresentado.
As apostas que eu iria desabar logo na saída deram em nada. A correria foi grande e, quando dei por mim, já estava no taxi a caminho do aeroporto. Eu pensava sem parar que após 10 meses, aquela seria a primeira noite que dormiria longe dele. Ali, poucos minutos distante de casa eu já sentia uma saudade cortante. Mas fui firme e não chorei.
Aeroporto cheio (viva o desenvolvimento econômico, né?), filas enormes, as pessoas do trabalho, tudo me distraiu e me fez entrar na vibe da viagem.
Longas 10 horas depois, cheguei na minha escala (sim, ainda faltavam 4 horas para o destino final...) e consegui dar o primeiro telefonema para checar como estava tudo por aqui. É engraçado, pois em momento nenhum me vi preocupada. Sabia que ele estava bem, no ambiente dele, com pessoas queridas. Meu medo era o meu comportamento, como eu resistiria em 7 dias?! Bem, só mesmo vivendo para saber... E, graças a Deus, ele tinha dormido super bem, já estava brincando como faz todas as manhãs.
Um dos desafios era a diferença de horário. Eu estava 4 horas atrás do fuso de Brasilia e sabia que às 17h no meu horário era a hora de correr para ligar para casa, pois aqui já eram 21h, hora que ele está se preparando para dormir. Corri, liguei o laptop e fiquei com o coração a mil esperando para ver seu rostinho de pijama e chupeta. Mas, como tem que ter um percalço para a história ficar mais interessante, a câmera de casa não funcionou. Eu ouvia ele balbuciando suas sílabas prediletas (pá-pá-pá), mas mesmo com muito empenho do pai - ele sentiu meu desespero na voz - a tecnologia não ajudou. Fui dormir com um nó na garganta, muda, mas impressionantemente, não chorei.
O dia seguinte parecia interminável. A hora não passava, chegava 18h, mas não chegava 17h. Tive palestras durante todo o tempo, interação com várias pessoas da empresa, mas nem a quebra da rotina, que tanto ajuda nesses momentos, era suficiente para correr com as horas. Faltando 5 min para 17h, saí da palestra super ansiosa, me posicionei no lounge do lado de fora e liguei para casa. Demorou um pouco, mas finalmente vi meu bebê!! Foi um dos momentos mais loucos que já vivi: toda a dor da saudade reprimida durante 2 dias inteiros aflorou instantaneamente! Eu chorava, soluçava sem conseguir falar, o peito pulava de tanta emoção (depois soube que todos choraram aqui também, escondidos, compartilhando comigo aquela dor). Era um misto de alivio, culpa, medo, sei lá, uma overdose de sentimentos ali, tudo misturado. Foi doido demais.
Já um pouco mais calma, escutei um riso estranho perto de mim e me deparei com a seguinte cena: tinha uma amiga do trabalho, também falando com o filho, aos prantos. Detalhe: o filho dela tem 3 anos e essa era mais uma das infinitas viagens que ela já fez desde o nascimento dele. Rimos uma olhando pra outra, ponta de nariz vermelha e o conforto de que não estávamos nessa situação sozinhas. Interessante...
E assim consegui falar 5 longos minutos com ele, até ele começar a cochilar e nos despedirmos.
Essa cena se repetiu nos 5 dias seguintes, ainda com muita emoção, mas sem o choro doído de antes.
Ver uma mãe experiente vivendo aquela emoção me fez enxergar que essa é uma viagem sem volta: somos mães, vamos sempre sentir saudades e temos que achar uma saída para enfrentar situações como essa da melhor forma. Eu, sinceramente, me dou nota 8. Acho que no geral fui muito bem, melhor do que eu mesma imaginava.
Sabe qual é a loucura maior? Vivi tudo isso por opção. Por mais que fosse pelo trabalho, a escolha foi minha, certo? E quando a escolha for dele?
Bem, aí já é papo para outro post, que eu espero que seja escrito por outra pessoa ;)

Até!

3 comentários:

  1. Lindoooooooo!!!
    Ate fiquei com vontade de chorar tambem!!!ehehehe
    bjocasss

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  2. Manu, eu chorei.......Lindo seu post....beijinhos Ciça

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  3. Lindo......nora, adivinha.... chorei de novo vc acredita?
    Mil bjsss

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